História da Paróquia
Em geral, as paróquias rurais formaram-se e consolidaram-se à sombra, e à roda, das respetivas igrejas, confinadas a um Capelão, Cura, Presbítero ou Páraco, que era o orientador e chefe espiritual. "Os lavradores ou agricultores das vilas, com esforço coletivo, levantavam uma igreja, escolhiam um santo padroeiro e fundavam uma paróquia; outras vezes eram os senhores ou proprietários das vilas que construíam a casa de Deus".
A freguesia de Fiães formou-se em torno do campanário e consolidou-se à sombra benéfica da igreja, edificada possivelmente no século X, por um dos senhores da vila, possivelmente Dona Châmoa Soares.
A paróquia de Fiães formou-se à custa do agrupamento de várias vilas romanas ou romanizadas. Estas vilas seriam unidades ou sub-unidades agrícolas. Em diplomas dos séculos X e XI fazem-se menção às vilas de Villar, Macieira, Outeiro e Fiães. A vila de Fiães foi sem dúvida a mais importante, pois ficou a designar o núcleo da população principal, ao passo que as outras vilas vieram a formar lugares da freguesia.
No século XIII desaparece a designação de vilas e as frações de vilas rústicas recebem os nomes de casais, herdades e quinta. Em 1220 são mencionados 20 casais sitos na freguesia de Fiães. Os casais dispersos da freguesia, como avançar do tempo, foram-se multiplicando e agrupando dando origem aos lugares. Entre 1587 e 1600 são mencionados os seguintes lugares: Vilar, Grandal, Outeiro, Carvalho, Monte, Souto, Sobreiro, Fiães, Regadio, Cal e Bica, Ribeiro, Idanha, Presa, Soutêlo, Venda Nova, Gualtar, Redondo, Cerejeira, Igreja e Rio. Posteriormente são mencionados novos lugares na freguesia. Actualmente esta conta com os seguintes lugares: Valos, Chousa, Souto, Vilar, Regadio, Soutelo, Redondo, Gualtar, Vendas Novas, Chão do Rio, Grandal, Passais, Pereirinha, Casal do Monte, Ferradal e Cerejeira.
