JOC
Quem somos?
O que fazemos?
Formamos pequenos grupos, a partir de amigos da escola, do trabalho, do bairro, da Igreja.
Reunimos semanalmente e aí partilhamos os acontecimentos do nosso dia-a-dia: preocupações, problemas, alegrias e anseios. Assim vamos aprofundando o valor da amizade e solidariedade e vamos experimentando a ação transformadora. Os grupos são animados por jovens e apoiados por adultos (leigos, padres e religiosos/as). Os vários grupos estão organizados por dioceses e integrados no movimento nacional e internacional.
Antes de mais transformamo-nos a nós próprios, adquirimos novos valores, convicções, estilos de vida e atitudes. Formamos jovens em grupo, levando-os a descobrir e tomar consciência dos problemas e a transformar a realidade que os envolve.
Realizamos Encontros de Formação, Colóquios, Inquéritos, Entrevistas, Campanhas de ação sobre realidades concretas, Seminários, Convívios, Festas, Acampamentos, Intercâmbios, Celebrações… Participamos em iniciativas juntamente com outras organizações e movimentos que promovem a justiça e a dignidade humana.
Qual é a nossa missão?
Somos um Movimento educativo e de ação. É pela ação e pelo assumir de tarefas e responsabilidades refletidas em grupo que nos vamos formando.
A nossa missão é evangelizadora. Para nós o anúncio de Jesus Cristo é inseparável do compromisso e luta pela libertação e dignidade dos jovens.
Procuramos que cada jovem assuma a sua vida de forma livre, consciente e responsável; descubra o seu lugar no mundo e na Igreja e aí se torne protagonista. Os jocistas, devem antes de mais, transformar-se a si próprios, adquirir novas convicções e novas atitudes… ao mesmo tempo que vão envolvendo e actuando com outros jovens do seu meio, do seu ambiente. O nível e a qualidade da sua ação no exterior mede-se pelo nível da transformação interior:
“Nós não fazemos a revolução, nós somos a revolução!”, Proclamava Cardijn.
“A experiência prova que o caminho mais certo para salvar os jovens é ensinar-lhes a salvarem-se a si mesmos. Verdade fundamental: a juventude trabalhadora não pode ser salva a partir de fora. Ninguém, não importando os meios que disponha, poderá substituir os jovens trabalhadores na solução dos problemas da sua vida quotidiana, na realização da sua vocação laical, pessoal, familiar e social” (Cardijn)
Origem:
A JOC nasceu na Bélgica em 1925 pela iniciativa dum jovem padre, Joseph Cardijn e de um grupo de jovens trabalhadores e trabalhadoras. Nasceu para dar resposta à situação de sofrimento e exploração vivida pelos jovens operários e à necessidade da Igreja os entender e organizar.
Uma dupla missão constituiu e continua a constituir a finalidade da JOC: a libertação dos jovens trabalhadores e trabalhadoras; ser testemunha da presença libertadora de Jesus e do projecto de Jesus Cristo no seio da classe operária.
Em Portugal iniciou em 1935. A ação da JOC propagou-se rapidamente e depressa se constituiu como o único movimento juvenil da Igreja portuguesa até ao Concílio Vaticano II. O seu papel educativo, o protagonismo que a levava a perceber as necessidades da juventude trabalhadora e a desencadear campanhas reivindicativas por direitos elementares, tornaram-na um autêntico viveiro de militantes operários e cristãos, muitos dos quais, ainda hoje, assumem papel relevante na sociedade civil e no interior da própria Igreja.
Hoje a JOC continua a ser necessária e insubstituível porque muitos jovens do meio operário continuam a ser marcados pela precariedade, desemprego, insegurança, dificuldade em encontrar sentido para a sua vida e também na Igreja, muitas vezes, não encontram espaço e formas adequadas à sua situação, cultura, linguagem e expressão.
A JOC é uma oportunidade, uma proposta que ajuda os jovens a descobrir o valor, o sentido e os motivos de esperança para a sua vida.
